Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a possível transmissão do vírus causador da gripe aviária por meio do consumo de leite fresco. Apesar de a doença ser conhecida por afetar apenas aves domésticas e silvestres, há cada vez mais preocupação em relação à sua capacidade de infectar diversas espécies, inclusive seres humanos.
Fragmentos do vírus H5N1 são encontrados em leite fresco
Ainda que não se saiba se a doença pode ser transmitida pelo consumo de leite, a FDA (Food and Drug Administration), órgão americano de vigilância sanitária, detectou fragmentos do H5N1 em 20% das amostras de leite cru comercializadas nos Estados Unidos. Por isso, tanto a OMS quanto a FDA recomendam o consumo de leite pasteurizado, a fim de garantir a segurança alimentar.
Surto de gripe aviária nos EUA
A investigação sobre o vírus encontrado no leite foi motivada pelo surto de H5N1 identificado em 33 rebanhos de oito estados dos EUA. Pelo menos uma pessoa no Texas foi diagnosticada com a doença após ter contato direto com vacas leiteiras suspeitas de estarem infectadas.
O que é a gripe aviária?
A gripe aviária é uma doença altamente contagiosa, causada por variantes do vírus Influenza, sendo a cepa H5N1 uma das mais perigosas. Até o momento, a doença foi identificada apenas em aves domésticas e silvestres, inclusive planteis de criação, mas também pode ser contraída por mamíferos e até mesmo por seres humanos em casos raros.
Transmissão e sintomas da gripe aviária
A transmissão da gripe aviária geralmente ocorre por meio do contato com secreções, sangue, fezes e até mesmo tecidos de animais infectados. Além disso, a transmissão também pode ocorrer por meio de partículas de aerossóis liberadas nas fezes das aves doentes, contaminando o ar.
Os sintomas da doença em seres humanos são bastante semelhantes aos da gripe comum: febre alta, dores musculares, dor lombar, dor de cabeça, náusea, fadiga e sintomas respiratórios como tosse e expectoração. No entanto, a doença pode evoluir e levar a dificuldades respiratórias e até mesmo a hemorragia pulmonar. Também há casos de infecção assintomática, em que o paciente não apresenta sinais da doença.
Redução do risco de contágio pelo H5N1
A OMS recomenda a implementação de medidas de controle de infecções e a redução da exposição humana a aves e mamíferos possivelmente infectados com o vírus H5N1 ou outros vírus da influenza. É importante, portanto, que o consumo de leite pasteurizado seja priorizado como medida de segurança alimentar.
O que fazer em caso de suspeita?
Se uma pessoa for exposta a aves suspeitas ou confirmadas com H5N1, ela deve ser monitorada pelo serviço de saúde local e ficar isolada por dez dias, que é o período de incubação do vírus. Caso venha a apresentar sintomas, é necessário coletar secreções da região da nasofaringe e permanecer isolado até que os sintomas desapareçam.
Leia também
Gripe aviária: americano é contaminado após contato
Por /